A debandada de aliados do MDB (PDT e UB) em direção ao PP, em Sombrio, colocou o PL em uma posição privilegiada. Hoje, o partido que continua aliado e, em sintonia com o governo da prefeita Gislaine Cunha, só não emplaca na majoritária se não quiser. Uma ruptura do PL, seja para um projeto próprio, ou para ocupar a vaga de vice do PP, deixaria o MDB bastante fragilizado para a disputa.
A parceria PP e PL já foi tratada informalmente no ano passado, quando o pré-candidato a prefeito Peri, mesmo sabendo da dificuldade, fez uma oferta ao PL para compor como vice. Dentro do Progressistas, há quem defenda a reedição do convite, uma vez que Peri ainda não tem um vice. Caso ele ocorra, seria a senha para que os liberais pudessem exigir a vaga mapeada para ficar também com o MDB.
Para sorte (ou azar) do MDB, o PL sombriense parece sofrer com uma estranha falta de ambição. Se em todo o Vale, o partido faz valer e até impõe sua força para estar na majoritária, em Sombrio, o que se vê é um apoio incondicional ao projeto emedebista, que ambiciona novamente a reedição de uma chapa pura.
Essa passividade faz aumentar a especulação de que, após a eleição, ganhando ou perdendo, Gislaine retornará para o PL, fazendo do MDB uma espécie "barriga de aluguel", o que justificaria tamanho desinteresse dos liberais pela presença na majoritária.