Tem causado estranheza no meio político regional, o fato de a prefeita de Sombrio, Gislaine Cunha (MDB), ainda não ter oportunizado ao vice, Jeriel Isoppo (MDB), uma experiência no comando do Poder Executivo, restando menos de onze meses para o término do mandato. A prática, inclusive, diverge do manual de política do ex-prefeito e mentor, Zênio Cardoso (MDB), que em seus mandatos oportunizou aos vices, Vilmar Daminelli e a própria Gislaine, diversas chances de comandar a prefeitura. Zênio ia além, prestigiando também os presidentes do Poder Legislativo com pelo menos uma oportunidade.
Nos bastidores, há teorias distintas sobre a não posse do vice, que alterna entre momentos de afastamento e maior presença junto ao governo. Logo ao fim do primeiro ano, quando a maioria dos prefeitos se licenciou por pelo menos 15 dias, surgiram questionamentos sobre a situação em Sombrio. A justificativa, mais comentada na época, é a de que a prefeita não poderia abrir mão do salário e desta forma não se licenciaria. Com o passar do tempo, a assunto voltou a tona em outras oportunidades e a informação, mais repetida, era a de que Jeriel não tinha interesse em assumir por conta de seus negócios...
Mesmo com este "porém", a reedição da dupla tem grande possibilidade de ocorrer em 2024. Em caso de nova vitória, há chance de o vice assumir em definitivo em 2026. Vários integrantes do PL cravam que, em caso de reeleição, Gislaine disputaria pelo partido uma vaga na Assembleia Legislativa, renunciando ao cargo, de olho no vácuo que o deputado Zé Milton (PP) deixará em Sombrio e região caso, de fato, dispute uma vaga na Câmara dos Deputados. Se não se elegesse, ela conseguiria abrigo no Governo do Estado, graças a relação próxima que mantém com o governador Jorginho Mello.
Para o MDB, em geral, uma eventual saída de Gislaine para a posse de um filiado raiz, como Jeriel, seria problema zero. Por isso, a necessidade de não abrir mão da reedição de uma chapa pura.
