
A foto da última semana, de uma reunião com o governador Jorginho Mello (PL) na Casa da Agronômica, onde se tratou da questão envolvendo o futuro do Hospital Regional de Araranguá, gerou polêmica e especulações nos bastidores da política regional.
Na oportunidade, o Governo do Estado detalhou a decisão de fazer uma nova licitação para a gestão do HRA, alegando ser necessário incluir novos serviços no contrato a ser firmado com a Organização Social (OS) que vencer o certame. A notícia desagradou o Instituto Maria Schmitt, atual gestor da Casa de Saúde, que almejava uma renovação de contrato, sem a abertura de nova concorrência.
Um fato em si ampliou as especulações pós reunião. A presença, confirmada pela foto, da reitora da UNESC, Luciane Ceretta. Antes do Estado firmar o modelo de gestão via OSs, a UNESC comandou o HRA por longa data. Comenta-se nos bastidores que a Universidade administrou o Regional nos tempos das vacas magras, pois os repasses governamentais aumentaram significativamente após sua saída. Com Luciane na reunião, muitos cogitaram que a UNESC pudesse estar interessada em participar da nova licitação.
O site entrou em contato com a prefeita de Sombrio e presidente da AMESC, Gislaine Cunha (MDB), que também participou do encontro. Ela confirmou a intenção do Estado em fazer uma nova licitação por conta dos novos serviços que o Governo pretende disponibilizar no Hospital. Sobre a presença da reitora da UNESC, Gislaine disse acreditar que não há interesse da universidade em fazer parte da disputa, e que a preocupação da reitora, manifestada no encontro, era com os estágios obrigatórios que os alunos dos cursos da área da Saúde fazem no hospital. O HRA é responsável por absorver a maioria deles.
Por falar em Gislaine, a prefeita e presidente da AMESC está numa posição de destaque, porém difícil, nesse imbróglio. Ela é aliada de primeira linha do governador Jorginho Mello (PL) que tem lhe aberto portas e dando relevância regional ao seu mandato. Por outro lado, é parceira do IMAS, proprietário do Dom Joaquim, e que nas gestões sua e do ex-prefeito Zênio Cardoso, conseguiram virar a chave do hospital de Sombrio, que vinha de uma longa crise.
O IMAS já começou a se mexer, politicamente, diante da notícia. Nesta semana esteve na Câmara de Vereadores de Araranguá, apresentando seus resultados e angariando apoio dos vereadores para a continuidade dos seus serviços. Por ser uma OS que nasceu na região, é normal que tenha essa predileção local.
O assunto deverá ganhar novos contornos nos próximos dias, com o andamento do processo.