As duas prefeituras da região com participação no polêmico caso dos Kits de saúde bucal adotaram estratégias diferentes para tratar da questão. Em Passo de Torres impera um silêncio sepulcral onde a gestão do prefeito Valmir Rodrigues (PP) parece apostar no esquecimento da população perante o assunto. Já em Balneário Gaivota, a gestão do prefeito Everaldo Kekinha (PSDB) optou por tentar explicar a contratação, alegando que não se tratam apenas de meros Kits, e sim de um projeto maior.
As secretárias de Saúde e de Educação compareceram a sessão de ontem (13) da Câmara de Vereadores para tratar do caso. Em suas explanações aos vereadores informaram que além dos kits haverá formação continuada aos professores com aulas à distância, que ainda não foram realizadas, e que beneficiarão cerca de mil alunos.
Apesar da justificativa de um e do silêncio de outro, será difícil convencer o cidadão comum de que os R$ 600 mil pagos por Balneário Gaivota e R$ 1,4 milhão por Passo de Torres valham o investimento. O ideal seria buscar uma forma para cancelamento do contrato e ressarcimento dos recursos. Não há Kit com capacitação que valha o valor pago em tamanha escala. E como se tratam de recursos federais, não será surpresa se a Polícia Federal assumir a investigação do caso.